Como receber uma encomenda em casa de forma segura em tempos de coronavírus
Receber em casa a compra do supermercado, da feira, do açougue, dos serviços de delivery de comida pronta ou qualquer outro produto adquirido nas lojas online exige cuidado para não se contaminar com o novo covid-19.
Cuidados gerais
Ao receber qualquer encomenda em sua casa, antes de atender o entregador, coloque uma máscara e, se for possível, luvas (as luvas não devem ser usadas novamente).
É fundamental que o entregador também esteja de máscara e ambos observem uma distância de mais ou menos 1,5 metros de distância.
Deixar a encomenda na porta
Para não se aproximar muito do entregador, peça que ele deposite o pacote na porta e, assim que ele sair, pegue a encomenda.
Muitas empresas de entrega não obrigam mais assinar documento comprovando o recebimento, o que significa que não será necessário tocar em um dispositivo ou caneta que outras pessoas já manipularam.
Pagamento
Opte por pagar por aplicativo ou site. Caso não exista essa possibilidade e o pagamento tiver de ser feito na entrega, procure saber do entregador se o aparelho aceita o cartão por aproximação, normalmente instalado no celular. Se sim, opte por fazer o pagamento por este sistema, o que evitará de você ter contato com a máquina para digitar a senha.
Muitas empresas estão utilizando o expediente de colocar filme plástico na máquina, na sua frente, para que você possa digitar a senha do cartão e evitar apertar as teclas tocadas por outros. Então, verifique com o entregador se ele está usando este sistema.
Evite pagar com dinheiro vivo e, se não for possível, procure ter o dinheiro certo para o pagamento evitando receber troco.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as cédulas de dinheiro podem contribuir com a disseminação do covid-19 e o vírus pode ficar na cédula durante dias.
E posteriormente quando entrar na sua residência, lave as mãos com água e sabão.
Higienização
Após pegar o pacote passe álcool 70% nele antes de abrir, principalmente se for de comida, e descarte no lixo as embalagens.
Se for comida, tire da embalagem original e passe para uma limpa. Antes de pegar na comida e após abrir a embalagem, faça a higienização das mãos com álcool gel ou líquido 70% (tem de ser 70% porque ele tem a quantidade exata de água para facilitar a entrada do álcool no interior do microorganismo, seja bactéria, fungo ou vírus, como o coronavirus). Ou, então, lave bem as mãos (por 20 segundos) com sabão e água, esfregando inclusive os dedos e as unhas.
Encerrado este processo, limpe a superfície que você deixou o pacote com água e sabão ou álcool 70%.
Compras de mercado
As compras de mercado entregues em casa ou retiradas no estabelecimento devem ser cuidadosamente limpadas, item por item. As embalagens em vidro, metal e plástico podem ser lavadas com água e sabão, assim como as frutas e legumes.
As embalagens em papel e papelão, precisam ser limpas com álcool 70%.
As verduras devem ser higienizadas e colocadas em potes limpos antes de irem para a geladeira.
Sobrevivência do vírus
Todos estes cuidados na higienização dos pacotes e das mãos são fundamentais para eliminar o vírus que pode chegar à sua casa por meio de uma encomenda. E permanecer lá.
Não há ainda consenso de quanto tempo ele pode ficar nas superfícies, mas alguns estudos mostraram que o coronavírus sobreviveu por 72 horas (3 dias) no aço inoxidável e no plástico; 24 horas (1 dia) no papelão; até 8 horas no alumínio; 5 dias no metal, papel e vidro; e 4 dias na madeira.
Ainda não há estudos sobre a permanência do novo vírus em tecidos. No entanto, sabe-se por estudos realizados com outros vírus e, de forma geral, podem ter sobrevida de 72 a 96 horas nos panos.
Outros cuidados
Provavelmente, ao receber a mercadoria, você pegou em chaves, celular, na maçaneta da porta ou do portão. Então, limpe tudo com álcool 70%, produtos de limpeza ou uma solução de água com água sanitária.
E evite levar a mão ao rosto enquanto não a higienizar corretamente.
Todos estes cuidados podem parecer exagerados, mas considerando que o vírus pode sobreviver em superfícies, é melhor prevenir do que remedia